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Preferias ser um surfista competitivo ou um freesurfer?

Norbert Ferenczi
23 de March 2023
Preferias ser um surfista competitivo ou um freesurfer?

Por momentos, brinca com o pensamento de teres as habilidades certas. Preferias ser um surfista competitivo ou um freesurfer?

Neste artigo, apresentamos alguns factos e brincamos com a ideia. Qual a profissão que seria mais adequada para ti?

Sempre se ouviu dizer que o dinheiro faz girar o mundo. Então, primeiro fizemos algumas pesquisas sobre os surfistas competitivos e mais bem pagos. O surfista competitivo mais bem pago em 2022 foi Gabriel Medina com um valor de cerca 2,1 milhões de euros.

Mas na verdade, o segundo surfista mais bem pago foi Mick Fanning com cerca 1,7 milhões de euros. Ganhando tudo isto fora da competição e agora é considerado um dos melhores freesurfers já que se reformou da competição.

O melhor surfista de todos os tempos é o ainda competidor 11x campeão mundial Kelly Slater. Kelly fez toda a sua fortuna vencendo todas as competições em que participou. Também possui marca de roupas, uma empresa de alimentos, uma empresa de refrigerantes, designs de Slater e o Surf Ranch (tecnologia de piscina de ondas).

A maior parte do dinheiro vem da competição para todos estes atletas. Todos estes atletas são campeões mundiais e estão no circuito há muito tempo. Sabendo isso, os proprietários das marcas populares sabem muito bem que vale a pena investir neles.

Sem competir ou ter um histórico competitivo, é muito difícil correr atrás dos milhões, mas com certeza é possível ganhar a vida com anúncios de vlogs e filmes de surf ocasionais.

Mas é apenas tudo sobre o dinheiro? Como é que estas 2 profissões afectam fisicamente e mentalmente os atletas?

A razão pela qual os surfistas competitivos sofrem mais lesões é a intensidade do circuito. Devem estar prontos para todas as competições e não têm muito tempo para descansar entre elas.

Tudo isto coloca muita pressão sobre eles, correndo o risco do corpo poder ceder facilmente a toda esta carga.

Um freesurfer também têm a pressão nos ombros, dado terem que entregar produções aos mais diversos patrocinadores ou diretores de cinema.

Cada vez mais muitos surfistas ligados á competição apontam certo problemas de saúde mental depois de estarem no centro das atenções durante muitos anos e da pressão que vem devido a todas as competições durante o ano.

Portimão, Algarve

E sobre a alma do surf?

Existem muitos ex-competidores que preferiram tornar-se freesurfers depois de muitos anos no circuito mundial. Alguns sentiram que foram perdendo algo que o surf de competição não lhes forneciam. Os exemplos mais famosos, são o Rob Machado e o Dave Rastovich.

Ambos são surfistas de alto nível e teriam as habilidades para ainda competir e até ganhar competições.

Dave Rastovich no documentário “Fishpeople” lembra dos dias de competição, nomeadamente num momento depois de um heat em que se encontrava em êxtase apenas por ter surfado.

Apesar de lhe terem alertado que tinha perdido, o que lhe interessava era que tinha aproveitado o momento para surfar e divertir-se.

Se me perguntares: eu diria que a alma do surf está no Freesurf. Mas se estás á procura de dinheiro e fama, tens que ser um competidor de alto nível e “engolir” todas as desvantagens que isso traz.

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